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Os candidatos do Concurso Público Nacional Unificado — o “Enem dos concursos” — têm até a próxima sexta-feira (16) para pagar a taxa de inscrição. Dos 2,65 milhões de inscritos, 1,28 milhão não havia pagado a Guia de Recolhimento da União (GRU) até a manhã do último dia 10.
O valor da inscrição para quem pretende concorrer para cargos de nível superior é de R$ 90, enquanto para aqueles que almejam vagas de nível médio é de R$ 60.
Luísa de Moura, 23 anos, moradora de Vicente Pires, no Distrito Federal, conta que preferiu pagar a taxa logo após concluir a inscrição, para não correr o risco de se esquecer e ficar fora da disputa.
Formada em estatística, ela pretende concorrer a uma vaga para o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), mas não descarta outras alternativas. Luísa acredita que o formato do concurso é positivo, mas também aumenta a pressão.
“Eu achei uma iniciativa bem legal nessa questão que o governo tanto fala da democratização. Então, vai ser uma possibilidade de fazer a prova em vários municípios. Eu vejo pela questão da logística, que facilitou bastante, mas também vejo pelo outro lado de, talvez, ser “a prova”. Se acontecer qualquer coisa no dia, você perdeu muitas oportunidades”, diz.
Previstas para o dia 5 de maio, as provas do Concurso Público Nacional Unificado vão ocorrer em 220 municípios, localizados nos 26 estados e no Distrito Federal.
Professora das disciplinas de comunicação no Estratégia Concursos, Julia Branco diz que, por ter um formato diferente do habitual, o Enem dos Concursos exige dos candidatos uma preparação específica.
“Uma boa parte da nota vai estar vinculada aos eixos temáticos da área específica. Então, o peso desses eixos vai variar de acordo com a questão do cargo que a pessoa escolhe. Dentro de um bloco eu posso me candidatar para vários cargos, mas cada cargo vai ter a nota composta de uma forma diferente. Por isso, o aluno tem que priorizar no estudo aqueles eixos que vão ter um peso maior para a nota do cargo que ele quer”, recomenda.
Para a professora, o modelo tem prós e contras. “A vantagem é que as provas serem realizadas em várias cidades. Isso é um ponto muito positivo, porque vai reduzir custos de deslocamento para os alunos e também a vantagem de poder disputar vários cargos ao mesmo tempo. Porém, a desvantagem é que a avaliação está sendo feita de maneira mais abrangente. Acaba sendo uma prova muito mais ampla, que não entra nos detalhes de cada cargo”, compara.
Idealizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o novo formato de seleção de funcionários federais quer preencher 6.640 vagas, em 21 órgãos públicos. A ideia é fazer vários concursos públicos em um só, tendo em vista o preenchimento de cargos federais efetivos.
No momento de inscrição, os candidatos podem optar por um dos oito blocos temáticos das áreas de atuação ofertados. Depois, devem indicar seu cargo por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco que escolheram.
Os candidatos podem se inscrever para quantos cargos quiserem dentro de um mesmo bloco temático, bastando atender aos pré-requisitos exigidos por cada vaga. A remuneração inicial pode chegar aos R$ 22,9 mil.
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Fonte: Brasil 61
Written by: todasua
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